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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

111. Diálogo

Acabo sempre por dar muito de mim.
Aqui não existe uma constante de proporcionalidade como na matemática, não há o p (pi), não existe uma razão de semelhança muito menos uma equação que dê para determinar a exacta área do que chamamos de dor, desconforto, incerteza e desânimo.

É desconfortável receber algo teu.

Não sei quem és, de onde vens, porque vens. Não sei, não sei porque o fazes, nem porque te dás ao trabalho de tentar mandar-me a baixo.

Eu podia simplesmente ignorar-te, fazer que não existe e principalmente “lixar-me” para a tua existência.

Dá-me gozo saber que te irrito, porque se assim não o fosse não comentarias o meu Blog em anónimo.

Estou aberta ao diálogo.

Não tenho nada a esconder, temer.

Porque foges tu de mim?

Porque te escondes atrás de um Blog?

Incomodo-te?

Detestas-me assim tanto ao ponto de falares mal do que faço?

Vou acabar por descobrir quem és. Acabo sempre por saber.

Pode durar o tempo que quiseres, fico á tua espera.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

110. Rota de Colisão

As lágrimas caíram-me livremente, (...) Não por saber que foste embora, mas por já não voltares. Estou cansada de falar no assunto, de explicar-te a importância que tens na minha vida, do vazio que ficou com a tua ausência, (...) davas-me conforto ao ego. Seja de que forma for, dói sempre perder. Passei por um estado de reequilíbrio, uma espécie de lavagem cerebral que fez-me divagar por muitos e muitos dias consecutivos. Fiquei muito tempo sem saber o que te dizer, ainda tinha a esperança que voltasses e que nada tivesse passado de um momento difícil na vida. O pior foi não voltares e eu ficar ali, todos os dias à tua espera. (...) Ainda hoje, aquela rota de colisão que me causaste faz-me (re)viver tudo como se fosse hoje, como se tudo se fosse repetir novamente. Quando estou contigo sabe sempre a pouco, e quando vais instala-se de tal maneira uma profunda angustia de que já não voltas. Estou careca de saber todos os motivos, de ouvir as explicações, de saber que fizeste uma escolha pela qual hoje já sintas algum arrependimento. (...) Não te culpes pelo que de mau te acontece, pelo que perdeste e pelo que ainda irás perder, 'Não tens de ser forte. Tens de ser flexível, (...) o suficiente já é bom. Ainda há muito para dizer.


Continuo a gostar de ti. Para o bem e para o mal. Daniela.

sábado, 25 de dezembro de 2010

109. Sentes-me ?

Não tenhas medo.
Não te mexas.
Não fales.
Ninguém nos verá. Fica como estás. Quero olhar para ti. Temos a noite toda e eu quero olhar para ti.
O teu corpo, a tua pele, os teus lábios, fecha os olhos. Ninguém pode ver-nos, e eu estou aqui ao teu lado. Sentes-me ?
Quando eu te tocar pela primeira vez, será com os meus lábios. Sentirás o calor, mas não saberás onde. Talvez seja nos teus olhos. Comprimirei a minha boca nos teus olhos e sentirás o calor.
Abre os olhos agora.
Olha para mim. Os teus olhos no seio, os teus braços erguendo-me, deixando-me escorregar junto a ti. O meu grito tímido, o teu corpo fremente.
Não há fim.
Não compreendes?
Tu inclinarás eternamente a cabeça para trás, eu derramarei eternamente as minhas lágrimas.
Este momento tinha de existir.
Este momento existe.
E este momento continuará, até à eternidade.
Não nos voltaremos a ver. O que queríamos fazer, fizemos. Acredita, fizemo-lo para todo o sempre.


(Continua ...)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

108. Merry Christmas


Não consigo sair à rua e ver que todos os dias alguém morre à fome, que falam mal o ano inteiro nas costas, que se odeiam de morte ... e hoje, todos se juntam à mesa e brincam às famílias felizes.
Vivemos num mundo fútil e consumista, onde cada um se preocupa consigo e apenas consigo. O outro não importa.
Deixei de acreditar no Natal, naquilo que ele significa verdadeiramente e em toda a sua magia.
"Como diz o povo, se não os consegues vencer, junta-te a eles".

Merry Christmas





quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

107. Ainda

15-11-2010

(00:46h)

Choveu intensamente durante toda a viagem.

Não via a hora de poder sair dali, de chegar a casa, deitar-me e pensar que nada estava a acontecer.

Era bom poder esquecer (por vezes), que a minha vida tem-se resumido intensamente nestas viagens, que tanto odeio e que tanto adoro mutuamente.

Gostava que se tratassem de pequenos equívocos.

Gostava de não ser eu.

Gostava.

Esta história devia ser amplamente contada como uma crónica de grandes pessoas, como José Saramago, Beatriz Costa, António Feio, e tantos outras figuras.

Há muitas coisas que não se devem explicar, outras porém devem ser escutadas, compreendidas.

Imaginava sempre como seria chegar lá.

Há sempre uma hipótese, uma escolha. Eu escolhi.

Um dia iram entender.

Ainda não sou a pessoa que tanto procuram, que tanto exploram. Há mais, muito mais.

“Esperámos. Ainda tinha-mos trinta minutos, antes de apanhar o autocarro.”

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

106. Dois mais Um

Acabamos sempre por sentir saudades daquilo que, mais tarde ou mais cedo, acaba por não voltar mais.

Não costumo pensar muito no futuro.

Gosto de relembrar todos os momentos passado e viver o presente.

Não gosto de fazer planos em cima do joelho, acabam sempre por ter um grau de intensidade superior à escala de Richter.
Conto vezes sem conta, que chegues e que digas novamente "está tudo bem", quando na verdade não está. Chegas muito depressa, quase não dou por ti, nem pelo tempo passar.
Costumo dizer "cada um tem o que merece", se nos acontece por algum motivo foi, seja ele qual for ... Bom ou mau, a verdade é que acontece quando menos esperamos ou quando mais queremos.
Sorrimos e choramos com a mesma intensidade de quem vive a vida ao limite.
Não espero que nada me caia aos pés, já aprendi que é preciso esforço, dedicação e coragem (acima de tudo muita coragem).

Levamos muito tempo a acreditar nas coisas, repetimo-las vezes sem conta ... pelo menos comigo passou a ser assim. O melhor de tudo está na fragilidade e na simplicidade das coisas, "o melhor não se vê com os olhos, mas sim, com o coração".

Não mudo porque “tu” queres. Foi muito fácil tirar-te da minha vida, mas ainda mais fácil é ver-te como realmente és, sem mim.

Está tudo muito longe de voltar a ser como era, não tenho tempo para ti nem para o teu auxilio de memória ... Não gosto de dois mais um, fica mal ... sobretudo quando assim não foi desejado por parte de alguém.

Fácil é falar de mim, Difícil é ser como eu!

domingo, 12 de dezembro de 2010

105. Irmã

Estava escuro.
O sol ainda não tinha nascido e eu já andava pela rua à espera dele.
Fiz toda a questão em um dia poder lembrar-me como é, o sol. Sentei-me à beira do pátio, tinha medo, estava ainda muito escuro.
Abri o computador, vi os e-mail's e esperei que o sol nascesse.
Vi o teu, não fui capaz de o abrir de imediato, encostei-me á parece e fechei os olhos.
Pensei:
«Para além de tudo, nunca houve entre nós uma forma correcta em dizer as coisas. Naquele dia, não sei se era eu que não estava com cabeça ou se foste tu que não soubeste dizê-las.
Tenho muita pena que as coisas, volta e meia se tornem complicadas para o nosso lado. Nunca fomos de grandes guerras nem de grandes conflitos entre irmãs... mas sempre tivemos a grande dificuldade em ajustar as coisas a uma melhor forma de serem ditas e esclarecidas.
Não vou deixar de ser tua amiga, a tua irmã apenas porque não soubeste escolher as melhores palavras para me explicares algo que te incomodava a meu respeito, e também não vou deixar de te falar por isso.
Já partilhamos emoções, sorrisos e sentimentos, já choramos com a mesma intensidade de que ama, já rimos por tanta coisa sem sentido e se chorarmos por tristeza não faz mal, fará com que cresçamos.
Como tu e eu já dissemos, por algum motivo seja qual for, a verdade é que aconteceu.
Não ando com espírito algum para remexer no passado e muito menos ando com espírito para querer falar dele. Mais que importante está o futuro, e é esse que nunca me posso esquecer.»

O sol voltou. Sorri por ver um novo dia começar e por saber que deste dia não me vou esquecer. Afinal o sol quando nasce, nasce para todos.

sábado, 11 de dezembro de 2010

104.


Se eu fosse ...

Um dia da semana - Sábado
Um número - 20
Um planeta - Terra
Uma direcção - Em frente
Um móvel - Sofá
Um Liquido - Coca-cola
Um pecado - Rancorosa
Uma árvore - Pinheiro
Um fruto - Romã
Uma flor - Gilbera
Um Clima - Tropical
Um instrumento - Guitarra Clássica
Um elemento - Terra
Uma cor - Preto
Um animal - Cão
Um tipo de música - POP
Um perfume - Amor Amor
Um livro - A lua de Joana
Um lugar - Times Square
Um gosto - Chocolate de Leite
Uma palavra - Verdade
Um verbo - Crescer
Um objecto - Caneta
Uma Roupa - Sweet
Uma parte do corpo - Barriga
Um desenho animado - Pequena Sereia
Uma forma - Recta
Uma estação - Outono

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

103. Fica sempre bem

Sabia que o que fiz, não tinha sido de todo o mais correcto, no entanto não fiz nada que prejudica-se ninguém. Tens e têm que entender que se as coisas acontecem seja por que motivo for, por algum motivo teve que ser., não porque quis mas sim porque foi assim que a vida o quis.

Sempre foram os meus melhores amigos e a vocês vos devo grande parte dos meus dezoito anos. Não pensava saber que há sempre alguma coisa que nas ocasiões não me dizem, e que muito falam nas costas. Mais tarde, de tudo apenas resulta numa enorme dor de cabeça da minha parte.

Se os amigos servem para os maus e para os bons momentos, então significa que os devemos apoiar em qualquer situação da sua vida, seja ela qual for. Dói muito quando nos julgam e não pensam que não fui eu apenas que errei. O momento não é o mais propício para termos esta conversa, mas é o melhor para poderem entender que eu não sou de ferro. Eu também choro e também sinto as coisas como vocês.

Eu não te alugava para poderes falar comigo. Onde vocês dizem não haver razões, eu tinha as minhas. Doer sempre dói, Ouvia-te e tu ouvias-me nem gesto singular incompreensível. O coração rasgou novamente, e a ferida? Essa Abriu”

“Eu só tenho o que mereço. E a verdade é que vou tê-lo muito mais depressa do que queria. Não duvido do que sentiam, não importa. Um dia tudo acaba e não levamos nada”

“Agradeço a sinceridades. Fica sempre bem a qualquer pessoa”

Não guardo mágoa, mas também não esperem grande coisa. Vou comportar-me como uma criança. É assim que deve ser.

É sempre difícil ouvir as criticas, mas ainda é mais difícil aceita-las como verdades quando estas não as são. Tenho pena. Muita Pena.

Daniela, Liliana e Miguel ... nunca me esqueci de vocês. Da vossa parte já não posso dizer o mesmo.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

102. Orienta-te

Ao fim de tanto tempo, eu já devia ter aprendido que tu não és aquilo que sempre vi.
As coisas não correram como eu queria, iludi-me como toda agente faz.
Não sei o que foi feito da pessoa maravilhosa e querida que eras, mas hoje sei que és a única pessoa que desceu muito na minha consideração e na dos outros também.
Aprendi que para grandes males, grandes remédios.
Estás por tua conta, orienta-te.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

101.

“Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora

Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora

Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?”

Caetano Veloso

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

100. Para ti

Havia dito, há uns meses atrás, que um dia também iria escrever algo para ti.
Não és aquele tipo de pessoas que apenas esteve de passagem na minha vida, embora também não tenhas sido a mais marcante, contudo significaste-me muito e em parte foste das melhores coisas que me aconteceram na vida assim como das piores nos últimos tempos.
Há muitas coisas que gostava de dizer-te, umas que te fariam chorar de tanto rir e ficar feliz por as saberes e outras de ficares triste e angustiado por saber que é assim que te revejo hoje.
Não és mais aquela pessoa em que eu pensava que podia confiar compulsivamente.
Não és mais aquele a quem eu gostava de contar parte da minha vida, e rir de tanta parvoíce junta. Confesso até que errei e sinto muito isso, em ter-te dito algo que na minha vida pouca gente teve o privilégio de saber.
Quero que saibas, que para além de tudo é complicado lidar contigo, e com as tuas constantes mudanças de humor repentinas.
Podia dizer-te coisas muito bonitas, é verdade podia! Mas não são apenas essas que te farão ser uma pessoa melhor. Apontar-te os defeitos, as coisas más ... essas sim te farão crescer e ver que a vida não é como agente quer.
Não me esqueço do dia em que me disseste "Talvez não saibas o que é o amor nem o que é mesmo amar alguém", talvez não saiba ... mas não te esqueças que um dia Gostei Muito de Ti.
Foi bom ter-te conhecido, mas também foi bom esquecer-me de ti.
Há sempre algo na vida que nunca nos esquecemos, ainda bem que tu já foste para o espaço!

sábado, 4 de dezembro de 2010

99.

"Eu, que sempre te pintei de cor-de-rosa, e Tu que sempre foste preto no branco"

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

98. AVÓÓÓ

É tão bom chegar e ver-te sempre no mesmo sítio, com o mesmo olhar de sempre ... á minha espera todos os dias. Fazes de tripas coração só para poderes ver-e, dizer-me uma "Olá" e fazer mil e uma perguntas.
Fazes toda a questão de as fazer mesmo ás quais muitas vezes já sabes a resposta, mesmo assim não deixas de perguntar nem que seja só para ouvir uma resposta diferente.

Confesso que dá-me imenso gozo "brincar" contigo, ver-te irritada, refilona ... não és como as crianças, mas também fazes as tuas pequenas birras.
É certo que dás-me muito de ti, e eu até que gosto disso!
Não ocupas espaço ... compões o meu espaço. Acredita que muita gente gostava de ter alguém como tu na vida. Tens de aprender a valorizar-te mais e a ver o lado bom das coisas!

É notória a tua perspicácia... mas melhor é acordar contigo a bater-me á janela todos os dias que estou de férias.
É claro que não deixo de gostar de ti, mas por favor ... nas férias espera pelo 12:00h para me acordares.

One Kiss for you AVÓÓÓ !