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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

domingo, 6 de janeiro de 2013

311. Escreve-me

Escreve-me quando o vento tiver desfolhado as árvores, quando as nuvens tiverem tapado o sol e quando a chupa salpicar-te as botas.
Alguns quiseram ir ao cinema, e eu quis ficar aqui - sozinha.
Tu, se não queres falar... então escreve-me.
Farás com que me sinta menos fraca, com que deixe de me preocupar com o Mundo... e com que sinta que nunca te esqueces de mim.
Mesmo que não tenhas nada em particular para me dizer, não precisas preocupar-te, eu saberei entender como sempre o fiz.
Para mim, basta saber que pensas em mim todos os minutos da tua vida, que a cada suspiro teu um olhar meu. Eu sempre soube ficar contente com uma mensagem, sorrisos, abraços e um simples beijo na testa... não é necessário muito para te sentir mais perto.
Escreve-me quando o teu céu parecer escuro, quando os dias estiverem vazios, não esperes pela tarde... se tiveres vontade de chorar, gritar ou de falar... fá-lo comigo sem exitar.
Escreve-me mesmo quando achares que não te vou responder de imediato, escreve-me quando estiveres a sentir-te só e escreve-me quando sentires a minha falta.
Eu, vou estar sempre contigo - incondicionalmente.
E, mesmo que não tenhas nada em concreto para me dizer, não te preocupes... eu saberei entender.
Escreve-me mesmo quando achares que não aguentas as saudades e quando elas mais apertarem. Pega no primeiro rasgo de papel que encontrares, na primeira caneta e mancha-o de tinta fugazmente. Eu espero para poder ler, espero sempre e para todo um sempre - desde que me escrevas. 
Tropeço de ternura por ti,


Telma Palma