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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

212.

Se não sorris pra vida, ela não sorri pra ti ^^

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

211. Princesa

Navegamos muitas vezes sem destino. E, de vez em quando, perdemo-nos e suplicamos por ajuda.
Quantas vezes já não olhaste para o ecrã do telemóvel à espera de um bom dia?
Quantas vezes já não suplicaste que ficassem contigo naquele momento?
Quantas vezes quiseste fugir, sem ter para onde ir?
Quantas vezes choraste, gritas-te, gostas-te?
Quantas vezes já disseste "estou cansada"?
Atrasamos a nossa própria vida, na esperança que haja alguma parte superior a precisar de nós ou a querer estar connosco.
É difícil não nos afeiçoar-nos a ninguém, boiamos toda a vida, junto de quem mais e menos gostamos e querendo ou não, acabamos por gostar das pessoas.
Criamos muitas vezes um rol de cumplicidade que apenas nos faz querer mais e mais do outro e que, ao fim de tanto tempo, a única coisa que me consigo lembrar é do quanto me fizeste mal à vida. Boiei muito longe da costa ocidental, engoli sapos e deixei que me rebaixasses. Sabes porque não fiz o mesmo contigo? Não desço o níveis por quem nunca valeu apena =)
Não me estragas-te a vida, elevaste-me o Ego princesa ^^

Telma Palma

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

210. Sister!

Que a vida te reserve o melhor que tem para te dar e que este dia se repita por muito e muitos anos!
Quando pensares que não és ninguém no Mundo, pensa que podes ser o Mundo de alguém, o meu!
Parabéns sister! Love you ! Teemii.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

209.


Há sempre o momento em que páras e notas que, os outros só se servem de ti para se ocuparem.
Pena é apercebermo-nos disso cedo ou tarde demais.
Como sempre digo, quando a sorte não penetra, três no cu e etc.

domingo, 22 de janeiro de 2012

208.


Tu e a tua boca grande (...)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

207. Cúmplice

Escrevo-te todos os dias, à mesma hora, desde os 13. Direcciono-te milhares e milhares de cartas, correspondência essa que acaba por não sair do correio ou nem sequer a entrar nele.

Continuo com toda a dissertação de antigamente, cheia de altos e baixos, de inúmeras vivências, de conflitos e mal-estar súbdito. Continuo ainda a revelar-te o meu interior por inteiro, mesmo que isso me cause angústia e preocupação.

Nunca te minto.

Nunca te esqueço.

Nunca perco tempo contigo.

Sempre sentiste muito as coisas, tal como eu, o momento. Ouves-me sempre sem pedir nada em troca, apenas me fazes prometer o impossível, não sofrer.

Aí está o meu defeito de fabrico, perco-me muitas vezes na ilusão, exagero nas descrições e faço auto-critica demasiado pesada ao meu próprio eu.

Rastejo pelo meu interior, suplico que me deixem voar, edifico muralhas e corto as saídas de segurança.

Mas tu, apesar de tudo consegues entender-me e isso consola-me.

Dás-me consolo, dás-me abrigo, deixas que me refugie no teu intimo e fazes com que o tempo nunca conte contigo.

Prometo, ser cúmplice desta maré que nos arrasta pegadas, abrir-te sempre a porta e deixar que me ilumines o coração.

Prometo-te deixar que as palavras fluam, que vivas sempre dentro de mim e prometo, acima de tudo deixar que a memória do meu pensamento ganhe asas e que consiga voar.

Telma Palma

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

206. VALE

Será impossível explicar o sentido que se fez sentir em torno das películas envolventes no acto. É necessário envolver-se para que (no mínimo) exista compreensão na penetração do ensaio e na estreia nacional.
O público gosta, reage e envolve-se apenas e só quando o conteúdo é elegante e não exige suplica. A cena apenas termina quando o actor sai do palco principal, quando as luzes se apagam e o pano fecha.
Rasguei a pele de tanto sentir saudades do plano principal, da encenação com o público e da conspiração contra o tempo.
Cortei as assas por não conseguir chegar mais perto, sangrei por todos os poros, inalei aquele ar que me consumia por apenas uma hora e meia de espetáculo e deixei que o pano cai-se suavemente para poder sentir tudo a trespassar-me o corpo e a alma.
Vagueei vezes sem conta, no pensamento ofuscante que a alma não deixa corroer de saudade, castigo-me por perder estes tempos que se avizinham dentro da família do grande VALE e deixo-me derreter por entre o erótico e selvagem.
As cenas soavam a jasmim. O perfume que pairava no ar enlouquecia-me e levava-me a querer ficar sempre perto das luzes que nos faziam brilhar.
Deixava então escorregar o naperon, num suave empurrão para a cabeça, elevitava então as mãos novamente e num ar provocador componha o dito no cabelo. Pregava-o com os ganchinhos pretos, junto à razão.
O vestido assentava que nem uma luva, girava como uma corda bamba, um disco dos anos 50 e por ali ficamos uma hora e meia a dançar! Repito, a dançar!
Não era preciso esforço, bastava dedicação e empenho pelo movimento, pela audácia em querer mostrar a natureza em estado selvagem. Eu, era parte do conjunto de meninas que na época enlouqueciam com a bravura dos cavalheiros e tinha a importante tarefa de me divertir acima de tudo.
O VALE, trouxe harmonia, amigos, bons amigos e uma importante conjugação a nível de muitas outras dificuldades.
Houve quem deixasse as diferenças atrás do olhar atento do expectador, debaixo da roupa monótona do dia-a-dia ou até dentro do camarim. Deixamos que aquela nostalgia se penetrasse no momento e fez-se surgir a estreia. E que saudades de usar aquela trança embutida com o batom cor-de-rosa e toda a toalete à mistura.
Gostei de sentir o chão a gelar-me o corpo, de concentrar-me em fazer desaparecer o nervoso miudinho. Não senti borboletas na barriga, senti gaivotas a voar em altas altitudes e a comerem o peixe da ria formosa. A música ainda paira no meu ouvido e de vez em quando, dou uma espreitadela pela página da grande Família!
Obrigado VALE.

Telma Palma

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

205. Sabes

(...) Não soava nenhuma melodia, apenas se fazia sentir o burburinho instalado na sala.
Há coisas em que deverás fazer cedências, ceder não só ao engolir em seco mas ao te redimir e concordar com o que mais temes.
Foste das melhores coisas que me aconteceram, das melhores pessoas que até hoje conheci, das que me fez ver os problemas de outra maneira, ...
Tens sido (embora ainda não te tenha dito) um grande ponto de equilíbrio, uma força maior, algo onde sem querer acabo por me apoiar mesmo que não sintas.
Já te descrevi como estrela, como a pessoa que me ouve sem que de seguida obtenha retorno nas palavras, apenas me ouves, ouves e ouves.
Tu sabes, que apesar de tudo, eu gosto mesmo muito de ti mas que, acima disso, eu gosto muito mais de mim :)
O tempo acaba por mostrar as duas caras que temos, a que sorri e que diz sim a tudo e a que diz não e acaba com os nossos sonhos. Tu, de uma forma ou de outra, por ou sem querer acabaste por fazer com que me fastasse de ti.
E eu respeito isso. Mais do que possas imaginar, por acima de tudo, existe respeito mútuo.
Nunca me magoaste, apenas existem coisas que vejo que sim, acabam por magoar.
(...)
Daqui a uns meses volto a falar de ti (se me apetecer), ou se tu decidires aproveitar enquanto a outra parte quer, porque quando for apenas a tua a querer, vai ser complicado.
(...)

Telma Palma