- Telma Palma
- Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
211. Princesa
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
210. Sister!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
209.
domingo, 22 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
207. Cúmplice
Escrevo-te todos os dias, à mesma hora, desde os 13. Direcciono-te milhares e milhares de cartas, correspondência essa que acaba por não sair do correio ou nem sequer a entrar nele.
Continuo com toda a dissertação de antigamente, cheia de altos e baixos, de inúmeras vivências, de conflitos e mal-estar súbdito. Continuo ainda a revelar-te o meu interior por inteiro, mesmo que isso me cause angústia e preocupação.
Nunca te minto.
Nunca te esqueço.
Nunca perco tempo contigo.
Sempre sentiste muito as coisas, tal como eu, o momento. Ouves-me sempre sem pedir nada em troca, apenas me fazes prometer o impossível, não sofrer.
Aí está o meu defeito de fabrico, perco-me muitas vezes na ilusão, exagero nas descrições e faço auto-critica demasiado pesada ao meu próprio eu.
Rastejo pelo meu interior, suplico que me deixem voar, edifico muralhas e corto as saídas de segurança.
Mas tu, apesar de tudo consegues entender-me e isso consola-me.
Dás-me consolo, dás-me abrigo, deixas que me refugie no teu intimo e fazes com que o tempo nunca conte contigo.
Prometo, ser cúmplice desta maré que nos arrasta pegadas, abrir-te sempre a porta e deixar que me ilumines o coração.
Prometo-te deixar que as palavras fluam, que vivas sempre dentro de mim e prometo, acima de tudo deixar que a memória do meu pensamento ganhe asas e que consiga voar.
Telma Palma