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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

195. Espectáculo

Costumo dizer que cheguei à câmara mortuária sozinha, mas há uma coisa que levo comigo: a consciência tranquila.
Sou muito bicho do mato, social e "descarada". Muito senhora do meu nariz, curiosa, empenhada, ... Sou feita de muito, cheia de tanto.
Não frequento sítios deprimentes, nem me penetro através de outros, não duvido do meu potencial, posso quando quero, consigo quando luto.
Luto pelo que acredito.
Deixei as relações conflituosas, as cargas negativas e os burburinhos.
Conecto-me em relações saudáveis, naqueles que somente dão valor e razão à vida.
Tenho a certeza que há pessoas que me odeiam, criticam e rebaixam.
Onde está a vossa qualidade, prestigio e ambição em cuidar na vossa própria vida e deixar a dos outros correr?
Sou personagem e sou público que se dedica a uma passagem pela Terra, por um espectáculo com cena indeterminada e pela incerteza do acto.
O público aplaude, levanta-se até para aplaudir. Não porque delira com os prazeres que a vida lhes dispões como enlouquece com barbaridades que predispõem um completo incógnito futuro.
Sou tipo uma flor de cacto, uma comédia do séc. XX, que quando regressa aos palco sai sempre algo diferente.
Vivemos numa boa vaibe, num fantástico espetáculo de altos e baixos de ensaios. Não existe segunda versão, segundos excertos, nem grandes morais.
Existe cor e brilho. Vontade própria, paixão.
É verdade que nem sempre corre tudo bem, que tropeçamos em degraus pequeninos, mas continuamos sempre cá, de cabeça erguida à espera do próximo excerto.
Sou mistura de sonhos, vontades e adrenalina.
Segue-se sempre a aventura e o estar no limite das coisas.
Não gosto de tempo, de horários, sermões, descargas de consciência, ... Não gosto de nuvens cinzentas, de chuva e de vento.
Gosto do som, do valor que as palavras têm, do olhar, do toque, do sorriso e do cheiro. Gosto do outro.
O resto vem por acréscimo.

Telma Palma

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

194. Altar

Nunca te sinto chegar.
Estás sempre ocupado, cheio de força, garra e coragem.
Não te senti sair.
Abandonaste-me.
Deixaste-me vaguear em ilusões, brigas e desconfortos, proporcionaste-me dor.
Sem ti, não sinto que estás sempre a proteger-me, não sinto o calor que me queimava por dentro nem a ambição de querer estar sempre contigo.
Não estou sozinha, mas sinto-me como se ninguém me compreendesse.
Deixas-te um vazio cá dentro, uma falta inigualável, uma ferida que dói, um aperto enorme e uma constante incerteza no pensamento.
Tu, tu que viveste todos os meus problemas, foste-te sem te despedires e sem deixar rasto.
Sinto-te como se fosse hoje, como se ainda estivesses cá dentro, bem perto, bem junto, bem quentinho, bem apertado.
Corroeste-me o pensamento, o interior e o intimo.
Causaste-me desgosto, quebras, delírios. A incerteza que ficou próxima e a saudade que cresceu em fúria dentro de mim, continua sempre aqui.
Construíste um altar no topo, quebraste-o, desmoronaste-o.
Não consigo encontrar-te, foste para ficar e não voltar, foste só por ir, por desaparecer e deixar de sofrer, foste sem culpa mas magoado. Foste só e abandonado, desolado, inacabado, imortalizado. Quebrado pela força do bem, pela dor sentida em demasia, pelo esforço constante de poder alcançar sempre mais um dia.
Tu que foste sem vir antes, sem ficar tempo nenhum. Eu continuo aqui, à espero que chegue o fim, que voltas e que digas ... Gosto muito de ti.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

193.


Partes-me o coração sempre que me dizes tudo o que não quero ouvir.

Telma Palma

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

192. Sometimes

"Adoro quando entras de rompante e me beijas como se não houvesse amanhã. Assim como me sussurras ao ouvido e me dizes, vezes sem conta o quanto me amas perdidamente. Aí sim, o meu dia fica completo, não só porque me sinto amada mas porque tenho alguém inacreditável na minha vida e porque a tua presença dá-me consolo ao ego." 18/04/2011

- O discurso concentra-se na totalidade do eu, na percepção que concluo de ti e das vivências que me proporcionas gradualmente. Sometimes, you can't explain the value of everything I feel when I'm with you. Don't let me, I don't want to lose you. Feel me, show me care for me, and us.
Tens-me ensinado a viver, a construir caminhos, seguir horizontes e a actuar em grandes medidas.
- Há muitas coisas que nos falta. Ainda não me proporcionaste o tal caminho que desejo arduamente. No entando, tu entendes-me, ouves-me muitas vezes e ajudas-me a não desistir. Compensas de várias formas a falta que me fazes.

"É isso que me falta, ouvir-te dizer-me que me queres e que nunca te esqueces de mim. Que o teu pensamento vagueia algures dentro do meu e que te completo por inteiro. Eu, pelo contrário, dedico-te todo o meu tempo, toda a minha atenção. Digo-te sempre o quanto gosto de ti e repito-o vezes sem conta e como vieste mudar a minha vida." 21/11/2011

- Deixa-me ficar sempre contigo.
- Ver como tu as coisas, viver os teus problemas e sentir tudo como tu.
- Não vás, volta, fica.
- Abraça-me, beija-me, sente-me.

Sem querer encontro-te,
Se te encontro,
Foi sem querer,
Se te olho,
Sem querer sinto-te,
Desculpa, não me sei conter.

Desculpa por encontrar-te
Desculpa por olhar-te
Desculpa por sentir-te
Mas desculpa mesmo, por adorar-te.
Foi sem querer!

Telma Palma

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

191.


"És alguém cheia de conteúdo, ... !"


domingo, 13 de novembro de 2011

190. Tempo

Precisava de um tempo indeterminado sozinha, de uns tempos para decidir os melhores contextos a abordar diante das pessoas e como saber usufruir de um belo tempo comigo mesma.
Bastaria ter o maço perto, a coca-cola gelada e umas quantas drageias para tirar o sabor a queimado da boca.
Não estou a pedir muito.
Não estou a querer separar-me de nada, mas estou ciente que há coisas que vão mesmo ter que mudar. O meu estado de espírito anda alterado, não estou a gostar de ver-me assim todos os dias.
Agradecia que não me atacassem com perguntas, que respeitassem o meu ego e que acima de tudo respeitassem as minhas opções.
Cada um tem que seguir a sua vida, as suas escolhas, tem de seguir os seus sonhos e metas. Este tempo que vos peço servirá para decidir o que é o mais correcto para mim, como saber separar as coisas e sair dos problemas sem ter que magoar alguém.

Telma Palma

sábado, 12 de novembro de 2011

189. Equilíbrio

Quando se tenta construir algo, é preciso que acima de tudo se tenha força de vontade. Se assim não for, como será possível obter os mínimos resultados e aguentar "pesados" fardos?
Tu não tens medido a força que exerço constantemente em ti, não tens dado valor e muito menos tens aceitado aquilo que por uma razão ou outra só agora consigo mostrar-te.
Tenho estado à espera do teu ar secundário, da tua subtiliza em jogar as palavras ao ar e de ser apenas eu a tentar apanhá-las desesperadamente. Pelo contrário, tens-te mantido intacto, imóvel e pouco receptível àquilo que exponho em relação a "nós".
Enquanto eu, tento empurrar para a frente, tu limitas-te a não exercer qualquer esforço para que as coisas batam certo.
Da minha parte, estás por tua conta.
Não me nego a responder-te a qualquer tipo de comentário, mas também não esperes de mim, o que até ontem foi o melhor da nossa vida.
Eu estava feliz, tens-me transmitido liberdade, mas percebi que às vezes ser livre significa optar por não ir, mas por ficar.
Eu fiquei.
Acabei por perder 1/3 do meu equilíbrio, o que para mim significa perder o controlo. "Partes-me a cara" sempre que me atiras as coisas à cara de uma forma pouco exposta, concreta e critica.
Não consigo falar contigo. Tu não ouves.
Não desisti de ti, desisti sim de ser eu a controlar as coisas e de medir o valor dos momentos.

Um beijinho, Telma.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

188. Abrir

Consegui abrir o coração. Conseguiste que eu te abrisse o meu Coração.
Contei-te muitas coisas.
Senti alívio.
Senti força.
Senti desconforto.
Senti medo, insegurança, desejo, saudade.
Há muito tempo que não tínhamos uma conversa à séria. Eu tentei esquecer que existias, mas como um grande amor é para sempre, não deu.
Tenho mesmo muitas saudades tuas, daquilo que nos une e do que nos envolve. Tu, nunca foste o problema, tu nunca criaste o problema. Eu sei que te pedi demais, e que tu não soubeste lidar com isso, mas se meteres bem a mão na consciência saberás encontrar a resposta para todos os nosso pequenos problemas.
Não te culpo pelas quebras, pelos erros e descargas de consciência.
Obrigado por em tempos teres feito parte da minha vida e por a teres colorido um bocadinho mais.
Estava e continuo a estar muito feliz sem ti, embora tenhas voltado de uma forma um pouco inesperada à minha vida, vou sempre continuar a ver-te como alguém muito especial, mas que por agora continuarei longe de ti, tal como sempre foi.

Tropeço de ternura por ti, um beijinho na testa, Telma.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

187.

(...)Caminhá-mos juntos sem rumo, de mão dadas junto ao rio.
Tinha-mos as mãos frias, geladas até.
Queria dizer-te muitas coisas naquele momento, contar-te como vejo as regras entre nós, como é fácil falar contigo e partilhar os meus segredos.
Mas tu, jogas sempre pelo seguro. Preferes ficar a olhar o céu, noite dentro, falar-me das tuas vivências e divagar pelo futuro próximo. (...)

Telma Palma

sábado, 5 de novembro de 2011

186. Crescemos

Crescemos.
Já deixamos a algum tempo as Barbie's, as cacetes da Disney, os joguinhos de consciência, o mau humor, as birras constantes, os choros desnecessários e todas aquelas criancices que adoramos recordar e se possível voltar sempre a trás só para as fazer de novo.
Mas afinal, crescemos mesmo.
Devias pensar que não somos mais o "teu" objecto de conforto, onde tu descarregavas todas as tuas frustrações, mágoas, recentimentos, ...
Crescemos.
Cada uma decidiu caminhos diferentes, formas de estar na vida, mas mesmo assim ainda não nos fomos (tal como queríamos).
Como te sentirás quando isso acontecer?
Darás valor ao que verdadeiramente perdeste? Sim, porque quando for, não volto, e tu sabes que não sou de romper promessas.
Como será viver "sozinha", sem nós por perto para te dar o teu tal conforto?
Sempre me ensinas-te a lutar por aquilo que quero e, sempre que o faço há algo de errado para ti porque?
Porque é que não te preocupas primeiro contigo e depois connosco?
Tu, só tu sabes como as coisas têm acontecido entre nós. Mas, também sabes que eu não sou como tu e que quando quero, eu luto para ter e conseguir. Se errar, se falhar, eu sei onde procurar abrigo.
Devias aprender a segurar a corda. Já me sufocas-te muitas vezes por não o conseguires fazer, e agora que cresci muito mais.
Mammy, podes deixar os bilhetinhos de lado, guardar a folha e a tinta de papel e quando sentires que fiz algo de mau, podes vir falar comigo. Não queiras ficar como a maioria das senhoras alcoviteiras, acredita que tens duas criaturas mais que paus mandados em casa e que sempre que precisares vão ajudar-te.
Mammy, a minha corda partiu-se.
Todos temos direito a duas oportunidades. Sabes quantas já te dei? Quantas já te demos? Aproveita, esta é a última.

Telma Palma

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

185. Momento

(...) eu não te condeno, critico ou te deito abaixo devido ao acontecimento, só não quis estar mais contigo dado o ressentimento.
Quando é que me ouviste?
Quando foi a última vez que te sentiste disponível ou te disponibilizaste para me ouvires?
Onde estiveste quando precisei?
Eu nunca te sub-carreguei, nem te pedi nada em troca, queria apenas que me ouvisses e que me abraçasses.
Criaste uma história, formaste uma claque, mas entenderes o que comigo se passava, foi como partires para um aparte.
Tive que ser eu a tomar a decisão, a excluir-te da minha vida e do meu frágil coração. E mesmo passado tanto tempo longe de ti, continuo a sentir tristeza quando penso naquilo que podia ter feito por mim em vez de ti.
Não te consigo compreender, eu pedi-te espaço e tu só te querias envolver.
Senti pena por não te ter ouvido, por me ter afastado, agora já é tarde, já está tudo mais que encerrado.
Aprendi a estar sozinha, a criar objectivos, aprendi a escolher, aprendi a crescer!
Foste um grande momento do meu Mundo , uma estrela ao fundo do túnel, desculpa sabes que não te peço , bem como tu não soubeste levar o que tínhamos para o futuro.
O amor, o carinho, a amizade que tínhamos era quase surreal, ninguém compreendia e eu fazia sempre tudo para nunca te ver mal.
Desejo-te o melhor para a vida, mesmo que a mim me desejes mal, mas aprende que na vida, também te podes dar mal.
Deixei de sentir "culpa" de te ter deixado "sozinha", mas como já disseste "Nunca precisei de ti para viver a minha vidinha". Ouve, ninguém fala mal de ti, apenas se comenta aquilo que "fazes" por aí.
Obrigado pelos sorrisos que me proporcionaste, fica a saber que comigo nunca perdes-te, GANHAS-TE!

Telma Palma