Não contes os minutos, faz com que os minutos contem.
- Telma Palma
- Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
sábado, 28 de setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
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terça-feira, 24 de setembro de 2013
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domingo, 22 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
326. Talvez
Se a minha vida fosse uma novela o público talvez achasse que o autor exagerara na emoção, nas coincidências, nos presentes do destino, nos enganos da sorte e até na ironia da vida... Mas ninguém conseguia largá-la e é isso que me mantém firme até hoje, cheia de sonhos, pensamentos, vitórias e derrotas.
Conquistei muitos entendimentos sobre mim, sobre o que verdadeiramente importa e sobre tudo o que é importante conquistar. A vida é um mar de emoções, uma cadeia de sentimentos e mais do que isso, aprendi a cuidar dela como nunca ninguém o fez por mim.
Cresci rápido demais em certas fases da vida, guardo rancor e até ódio de algumas pessoas e de outras apenas sinto pena e talvez um pouco de compaixão.
Não me arrependo de nada que me lembre, apenas faria quase tudo de outra forma e aí sim, levaria a que tudo tivesse corrido da forma que eu desejara e não da que os outros quiseram.
Não condeno pai nem mãe, condeno a própria vida por me ter dado tantas arrelias e por ainda hoje não saber "cuidar" de mim como devia.
Hoje ainda vivo assombrada pelo medo e pela angustia da espera, do desespero e pela insatisfação que me rodeia. Às vezes, nem eu própria sei lidar comigo e esqueço-me que quem vive à minha volta também se magoa, tanto ou mais que eu.
Tenho pena que a saúde em Portugal e também noutras partes do Mundo, mas especialmente em Portugal, seja comprada cada vez mais do que dada sem qualquer custo ao utente, tenho pena que pessoas morram por falta de profissionalismo e tenho medo de eu própria lutar contra casos perdidos. Todos os dias pessoas morrem por falta de medicamentos, por falta de acompanhamento, por falta de uma simples ajuda, todos os dias, milhares e milhares de pessoas como eu vivem no desespero de não saber o que fazer com tanta e tanta espera que por mais que seja o seu desejo acabam por desistir e tentar viver um pouco em paz.
Todos os dias, eu olho ao correio à espera da carta que nunca mais chega, não sei se por falta de organização ou por falta de respeito.
Se a minha vida fosse uma novela o público acharia é certo que o final seria feliz, mas não - tudo está longe de acabar como um conto de fadas e eu, eu ainda continuo aqui, em Portugal, à espera do impossível.
Telma Palma
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
325. Só
Nada, não se passa nada ou nunca se passa nada ou talvez tudo...
Cuidado.
Não sinto mais o chão a deslizar-se à minha frente como se me fizesse encolher e parar por ali mesmo - em qualquer sítio, não sinto mais as pernas tremerem de tanta ansiedade acumulada quando por cá andava, não sinto o vento soprar de frente pro meu rosto, nem as minhas mãos suarem de tanto impulso junto.
Não sinto - desde que cá estou.
Perdi o coração.
Perdi - E, às vezes, por mais que queira - não consigo explicar o porquê das coisas, responder às perguntas ou simplesmente dizer aquilo que sinto. Ando perdida no núcleo à espera das perguntas certas e só aí sim saberei a resposta ou então ao invés disso permanecerei novamente e sempre em silêncio.
Não sinto mais que cá estou, que cheguei - porque perdi o meu coração - ou não - eu só o deixei onde quis.
Não tenho saudades dele, mas sim do que com ele ficou, deixo-o lá porque talvez me sinta mais próxima e mais dentro do momento, mais dentro das coisas, porque - perto é difícil mas longe é muito pior.
Não gosto do barulho, da luz a invadir-me a pupila logo cedo, não gosto da menina e nem ter que fazer companhia quando não a quero. Não gosto do tom a alto nível e muito menos de discutir ou de chorar. Mas, embora isso - sinto saudades.
Gostava que entendesses, que bem o lesses e que fizesses tudo pelo melhor - ninguém te obriga mas é a tua obrigação.
Choro.
Choro muito e muito mais choro quando assim o sinto - quando me tapa a garganta e quando as minhas cordas vocais se prendem sem querer falar. Sinto-me só. Não sozinha, mas só - quase como que abandonada.
Cuidado.
Não sinto mais o chão a deslizar-se à minha frente como se me fizesse encolher e parar por ali mesmo - em qualquer sítio, não sinto mais as pernas tremerem de tanta ansiedade acumulada quando por cá andava, não sinto o vento soprar de frente pro meu rosto, nem as minhas mãos suarem de tanto impulso junto.
Não sinto - desde que cá estou.
Perdi o coração.
Perdi - E, às vezes, por mais que queira - não consigo explicar o porquê das coisas, responder às perguntas ou simplesmente dizer aquilo que sinto. Ando perdida no núcleo à espera das perguntas certas e só aí sim saberei a resposta ou então ao invés disso permanecerei novamente e sempre em silêncio.
Não sinto mais que cá estou, que cheguei - porque perdi o meu coração - ou não - eu só o deixei onde quis.
Não tenho saudades dele, mas sim do que com ele ficou, deixo-o lá porque talvez me sinta mais próxima e mais dentro do momento, mais dentro das coisas, porque - perto é difícil mas longe é muito pior.
Não gosto do barulho, da luz a invadir-me a pupila logo cedo, não gosto da menina e nem ter que fazer companhia quando não a quero. Não gosto do tom a alto nível e muito menos de discutir ou de chorar. Mas, embora isso - sinto saudades.
Gostava que entendesses, que bem o lesses e que fizesses tudo pelo melhor - ninguém te obriga mas é a tua obrigação.
Choro.
Choro muito e muito mais choro quando assim o sinto - quando me tapa a garganta e quando as minhas cordas vocais se prendem sem querer falar. Sinto-me só. Não sozinha, mas só - quase como que abandonada.
Telma Palma
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