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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

320.

Não sou perfeita, sou um bicho do mato e desajeitada.
Tenho o cabelo sempre sempre e sempre (vá quase sempre) despenteado. Muito pouco de timidez para os de fora, histérica com os amigos e com os fortes.
Não faço dietas, ou melhor, elas nem vêm ter comigo. Passo a vida a comer chocolates, pastilhas e a beber coca-cola.
Adoro dormir... Admito, sou preguiçosa - mas esforço-me quando quero atingir objectivos! Canto mal, mas nunca deixo de cantar.
Adoro filmes de terror, dramáticos e de romance. Tenho uma pequena queda para as comédias e nunca deixo de chorar nos românticos.
Não tenho o corpo perfeito e nem me acho superior a ninguém. Luto pela paz e preservo somente o que me faz sentir bem. É verdade, digo muitas asneiras. Mas, no que toca a amar-te eu sei que sou um máximo!
Xuxu <3 p="">
  

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

319.

"Debruçava-me ligeiramente sob os joelhos, enquanto as lágrimas escorregavam pelo rosto. Não sabia nem tinha forma como as fazer parar.
(...)
Aquela realidade incidiu-se ferozmente e entrou na minha vida sem que eu a tivesse deixado entrar... Senti-a muitas "vibrações", o meu corpo parecia ter milhares de espasmos ao mesmo tempo. Nada se encontrava organizado, com determinadas regras - nada.
(...)
O coração batia muito forte, as minhas mãos gelavam, não tinha controlo no corpo e com o choque quase ceguei.
(...)
Ainda hoje, não descobri o porque de tanto sofrimento, no entanto, considero karma. 
Pensei e ainda hoje penso em todos os porquês - ainda não os encontrei."



Telma Palma
A Lua-Flutua 


318. Papel de Cozinha

"Uma carta de despedida, uma caneta cheia de tinta e um mero papel de cozinha, recitou a pequena dissertação: 
não imaginas o quanto goste de ti, o enorme amor que trago no peito. Um amo-te não te chega?
O papel ficou com um buraco e com grandes rasgos pelo meio, pelas palavras. Chorei pela pontuação, pela retórica das palavras, pelo sentido da oração e pelo simples papel de cozinha estragado.
Sabes há quanto tempo não via papel de cozinha nas minhas mãos?
Deixei-o no hole de entrada, vesti a gabardina para não me molhar mais, peguei no guarda chuva e saí porta fora. 
Quando voltei, sabes o que encontrei? O mesmo papel de cozinha rasgado em cima do hole de entrada virado do avesso e borrado com a tinta.
Alguém o leu, alguém o viu e alguém entendeu o porque de ter chovido em pelo verão.
(...)
Desta vez, não nos deixa papeis de cozinha rasgados em cima do hole, não nos faz perguntas nem nos dá na cabeça quando nos afastamos. Apenas cuida de nós, faz-nos sonhar, ouve-nos e ainda nos sustenta o ego. Angels never die..."


Telma Palma
03.09.2012


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

317.

"Acabei de amarrar o cabelo.
Tenho tido a face coberta, por vezes, molhada e raramente triste. 
Tenho sentido frio, uma fase gélida que a vida nos dá - não só ao corpo mas também à mente. Às vezes sinto isso mesmo, frio, muito frio. Sinto o sol a arder-me na pele, no entanto, sinto-a cada vez mais fria. Porquê? Porquê se ele é tão quentinho?"

Telma Palma
19.08.2012


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

316.

O mundo é pequeno, redondo e nunca mais acaba.
Um cartão de crédito é resgatado da morte e paga a viagem de uma vida. Há dinheiro? - Foge amigo para qualquer lado, mas guarda os teus pesadelos no bolso, e nunca caminhes fora da tua cabeça, romântico de aço, coração, turista da lição.
Salta!
Salta do carossel enferrujado da Europa, foge para o oeste selvagem da América, e vai conhecer o pior povo do Mundo, morre se tiver que ser... se fosse fácil era para os outros. 


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

315.

Quem disse que chorar resolve? Falar sim, torna-se numa virtude bem como, aprender a colocarmo-nos no lugar do outro e não ser egoísta.
O que não mata engorda, os erros são constantemente atirados como bombas para a terra e o ser humano explode quando assim o entende e sente. Às vezes é preciso mudar para não sairmos magoados - nem tudo é como achamos ou queremos e a vida não pára porque nós decidimos parar. 
Para qualquer escolha que façamos na vida é preciso acreditar nela e segui-la frequentemente, com vontade e força de espírito e de mente - quem faz uma escolha deve assumi-la e encará-la de frente.
Perdoar trás paz, saber perdoar é nobre. Esquecer nunca foi o meu forte, mas também nunca disse que seria impossível. No Mundo, nem todos podem ser simpáticos, queridos e atenciosos no entanto, podemos sempre tentá-lo ser para os outros... mesmo que, estes não o queiram. 
Quem nos merece não nos faz sorrir constantemente, faz-nos chorar pela mas ínfima coisa, cuida de nós e não nos dá motivos para dúvida dos seus sentimentos e intenções por nós. É, na verdade, o nosso passado, presente e futuro! Não é preciso perder para aprender a dar valor.
Aos poucos entendemos o que vale realmente apena, o que se deve mesmo guardar para o resto da vida e o que nunca deveria ter entrado nela. 
Às vezes não temos como entender o passado, o tempo será sempre a melhor solução mas, para que exista resultados é preciso investir nos projectos. 
Preocupo-me o tempo exacto e com a intensidade certa... nunca sei quando posso precisar do tal ombro amigo que tanto guardo junto ao coração. 


Telma Palma
12.07.2012
    
modificado:  13.02.2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

314. Estátua

Ao escreveres a história da tua vida, nunca deixes que ninguém tente segurar a tua caneta. Certifica-te que és tu que tens o control remoto e que és tu que decides quando fazer play ou gameover. 
Às vezes é preciso saber pegar na asa certa. Saber voar.
Deixar que a vida e que as pessoas nos prendam não nos faz querer seguir em frente. Irmãos, irmãs... por vezes dão dores de cabeça, mas isso não significa que não gostemos deles, mas sim... que nos sentimos "cheios" das suas vontades e desejos.
Qualquer coisa tem duas asas: a que nos permite que a levemos connosco e outra que intensifica-nos e não nos facilita. 
Se o teu irmão ou imã tem mau feitio, não lhe levas a mão à asa que se manifesta de modo errado. O que na verdade está a acontecer é manipulação. Por aí, será impossível a bom termo o nosso próprio propósito e se queremos que tudo seja levado na maior tranquilidade possível, o melhor e o objectivo é não ceder a qualquer manipulação e exigência.  
Toma antes pela asa que sentes ser mais correcta, pela mão que não se recusa à tua - e se te lembrares que ela(e) é tua(eu) imã(o), que viveu junto a ti, entenderás e verás que no fundo só tem ciumes de ti. 
Não te sintas culpado(a)... Na verdade e muitas vezes, nem saberás o motivo concreto de tanta ciumeira junta mas, deverás entender e não assumir culpas algumas do que de mal lhes corre na vida. 
Abre-te ao entendimento, pela amizade, pelo que vos une. 
Não vale apena converter em ódio todas as tempestades que ultrapassam de momento nem  que possam vir a passar. 
Embora eu acredite e afirme frequentemente que, cada vez mais sinto que - prefiro confessar-me, desabafar e conversar com uma estátua do que com uma figura de quadro do que deixar em branco qualquer conversa, qualquer sentimento.

Telma Palma

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

313.

Todos os dias tenho pegado na caneta de tinta permanente e riscado algumas folhas. Acabo depois, por amachuca-las e deita-las no lixo. Não tenho tido "tempo", não tenho tido a preocupação de parar para pensar e de fazer escolhas e decisões. Tenho passado imenso tempo a divagar o meu pensamento e a desejar que o tempo passe tão rápido quanto possa.
Ainda não medi forças com ele.
Ainda não deixei que ele tomasse conta de mim.
Tenho saudades de juntos não termos nada para fazer, a não ser estar um com o outro. Tenho saudades de ir mesmo, ver os aviões, de entrar em terrenos privados e de ficarmos sós debaixo da Lua. 
Tenho saudades das tuas mensagens a meio da noite, de manhã, de tarde e a toda a hora. Eu sei que só passaram 5 dias, mas já morro de saudades tuas.
Ainda não aprendi a viver sem o Meu Mundo, desculpa.
Ly.

Telma Palma