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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

38. Viajava

Viajava.
Pensava eu que este súbito aperto no peito não passaria de mais uma angustiosa espera. Fez-me elevar as mãos á cabeça, fechar os olhos, respirar bem fundo e reflectir sobre todo o assunto.
Deparei-me então, com aquela menina, que em tempos acreditava na pura inocência das pessoas e que se calava quando assim lhe levantavam voz. Não foi assim á tanto tempo, não passaram anos e anos, ela apenas abriu os olhos e aí viu a fria realidade em que a nossa sociedade se criou.
Agora, já não bastaria fazer uma birra para chamar a atenção, nem ficar triste apenas porque sim. Soube enfrentar (até á data) todos os seus compromissos, desafios, derrotas, problemas, circunstancias… Teve que crescer demasiado depressa á custa do bem de outros, teve que compreender o porquê das coisas mais cedo, e hoje apenas lhe resta lidar com o assunto. Chorar não é a solução, apenas alivia.
Ás vezes não basta ter pena, não basta sentir ódio nem rancor daqueles que por trás a entristeceram e fizeram com que ela se torna-se numa outra pessoa, basta saber ouvi-la quando for ela a passar pelo mesmo caminho.
Parece que do outro lado do mundo desabam glaciares enquanto ela, imóvel, sentada no seu banco, assiste a tudo e escreve ao sabor do seu pensamento.
É verão, as temperaturas teimam em estar altíssimas, cada dia que passa os incêndios devoram milhares e milhares árvores por culpa de um atrasado metal que só porque sim, quis destruir algo tão importante para todos nós, Pessoas.
Não vamos pensar nisso … Às vezes não gostava de acreditar que "nem tudo acontece por acaso".
E lá viajamos nos naquela viagem que não parecei ter fim, Vida.

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