A minha foto
Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

domingo, 9 de janeiro de 2011

118. Curta-Metragem

Lembro-me exactamente da dificuldade por que passávamos “nós” adolescentes, com apenas 13 anos, para podermos entrar naquele Mundo fascinante.

À noite, ao sábado à noite tudo mudava e tudo era diferente. Havia quem falsificasse os BI’S, outros apenas, bastaria vestir algo mais elegante, para que tudo ganha-se vida.

Às vezes, bastava mostrar a carinha bonita, um sorriso forçado, passar a mão pelo ombro, jogar “papo” fora e em segundos estávamos dentro de qualquer sítio. Aquela passagem seria um verdadeiro suicídio.

Aquela nostalgia, tornava-se de tal forma contagiantes, que queríamos sempre mais. Chegar a casa às 2H seria uma completa perda de tempo. Não nos divertíamos sabendo que a nossa hora estava a chegar, e o stress de saber que nos iam buscar atormentava-nos.

Todos os nossos fins-de-semana, tínhamos planos para todos eles. Passamos a não chegar às 2H, mas também não vínhamos às 3H. A maior parte das vezes, as nossas noites não acabam assim tão cedo, acabávamos e ainda hoje, acabamos por dizer que dormimos na casa da “L” e ela diz que dorme na nossa, o que na realidade não é bem assim. Assim que, a nossa noite acabava, andávamos pelas ruas de um lado para o outro a falar do que nos tinha acontecido, de momentos que juntas já passamos e principalmente das boas relações que já tivemos com os rapazes. Quando chegávamos a casa já passava das 10H da manhã.

Não podíamos dormir, se não éramos apanhadas. E logo entendiam que não tínhamos ido para a casa da “L” nem ela para a nossa.

Lembro-me exactamente, de tudo o que planeávamos, dos comentários, das observações, das conversas, das pessoas, dos momentos. Não era necessário beber, nem fumar charros. Para nós, estarmos juntas já era óptimo e gratificante.

Hoje tudo mudou.

Aquela correria para às 22H estarmos a sair de casa, sair todos os fins-de-semana, ouvir aquelas músicas, ver aquelas pessoas, deixou de fazer sentido nas nossas vidas. A nossa idade mudou e com ela chegou um pouco mais de maturidade e compreensão em relação a alguns assuntos.

Não deixamos de gostar, apercebemo-nos que a nossa vida era um filme e nós, fazíamos parte dessa curta-metragem.

Hoje, qualquer um de nós pode entrar onde quer. Hoje, já se sai com 12 anos à noite, já se fuma charros com 11 e já se “fode” com 10.

Está bonito está.

7 comentários:

  1. tudo muda
    próxima geração já não é igual à nossa
    e muitos dos adolescentes não precisam de mentir
    apenas dizem que vem aquela hora e ponto.
    e lembras-te de que algumas vezes fizemos isto houve sempre alguma coisa que aconteceu.
    posso dizer que crescemos e que para nos divertir-mos não precisamos de alcool, de sair à noite . . . apenas precisamos de boa companhia . . . apesar de gostar de sair com vocês
    GMT de ti gaja

    ResponderEliminar
  2. muitas raparigas de 12 anos entram
    basta serem bonitas os seguraças deixam entrar
    pelumenos na madeira é assim
    so entra pessoas bonitas -.-''

    ResponderEliminar
  3. Bom pensamento téé ;D

    ResponderEliminar

Memórias do Meu Pensamento