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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

33. Que se lixe

Fazia todo o sentido.
Nada me fazia remover daquela tão importante decisão.
Não foi fácil, ao início muitas foram as minha dúvidas, nunca tinha bem a certeza dos prós nem dos contras, e no entanto raras foram as vezes em que quis desistir e acabar com o assunto.
Naquele tempo, podia ficar acordada o tempo que fosse preciso, acreditava nos segredos que as estrelas me contavam, no mundo do "Faz de conta" e em muitas outras histórias de encantar. Adorava ver como tudo era fácil e ver como a vida é uma maravilha.
Não fazia ideia como tudo é intensamente complexo e recíproco (quase sempre).
Nada passava de um misto de sensações, que eu própria não consegui conter. Na minha idade não era nada fácil lidar com isso, nada me permitia essa proeza.
Nada era impossível, o mais difícil estava sempre presente e o mais irónico de tudo era eu querer sempre ir mais além daquilo que podia, com a minha idade. Parece mentira! Quase que não acredito.
Ainda ontem tinha 2 anos. Não ia á escola, não fazia trabalhos de casa nem ficava acordada até ás 5 da manhã, apenas para terminar um trabalho.
Era no tempo onde tinha que dormir a folga, ver desenhos animados, passava os dias com a minha mãe, passeava por tudo o que era sítio, ria, chorava, não tinha as preocupações que "felizmente" hoje tenho e que tanto me fazem falta.
Tinha uma vida muito atarefada por sinal. Era Feliz.

Paciência, tinha para dar e vender. O meu tempo era essencialmente ocupado a tentar convencer o meu pai a construir-me uma casa. De madeira é óbvio. Adorava ter que fazer lá dentro.
Gostava de tudo, menos de sopa.
Tenha mau feitio, por natureza.
Pensava que podia, que queria, mas nem sempre havia solução.
A complexidade da dita "coisa" surgiu de uma forma que nem eu própria esperada. Não fazia ideia como a maturidade chega da pior (ou melhor) forma, bastou um click. Com apenas 6 anos, fazia com que tudo fosse possível, bastava querer.
Desistir não fazia parte da vida vida.
Comecei por querer ser cabeleireira, cantora, veterinária, bombeira, enfermeira, pediatra, ginasta, professora, bióloga, escritora, actriz, ... até que algo mudou. Eu mudei.
Não importa o que fomos nem o que seremos, importa sim o que somos.

Se não for aquilo que esperei, que se lixe, serei algo parecido.

10 comentários:

  1. Já és mais do que devias =)
    I miss you

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  2. Era bom, poder voltar aos nossos tempos de infância. Quem é que não queria ter agora 5 anos han ?

    Muito bem Telma!

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  3. O andre lê os meus pensamentos.
    És mais do que devias ser Telma. I love u my friend

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  4. serás sempre tu ^. e ainda bem que sim

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  5. ahaha
    telminha da minha vida

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  6. ahaha
    imaginação não te falta não telminha

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