A vida - Essa madrasta que alguém nos deu, põe-nos á prova sem pedir com licença - Falta de cortesia - digo.Entra e concentra-se logo no primeiro acto, tipo monólogo. Não faz pausas, não dá a bébias nem sequer corrige os erros gramaticais que dia-após-dia cometemos.
A vida - essa fria e dura realidade faz-nos cometer os mais efêmeros pecados, no entanto tanto nos dá como também nos rouba o que mais desejamos.
Não a condeno por ao longo de dezanove primaveres ter sido dura comigo, nem por criar em mim um rol de sentimentos negativos mas se levar tudo ao pé da letra e criar a minha própria reflexão critica a seu respeito, teria muito a condenar.
Não quero de todo criar falsas expectativas, já diz o ditado - Nada dura para sempre - e por isso mesmo, espero que a vida sempre me corra igual ou melhor como até agora.
Ainda sinto o cheiro leve a rosas a pairar no ar, o cabelo solto a bater-me na barriga, o sol quente a bater-me na cara e os olhos e a testa a franzirem da claridade.
Tenho os pés assentes na terra, mentalizei-me que nada dura para sempre e que na vida só há realmente três coisas com que poderás sempre contar:
1ª A nossa cabeça;
2ª Os verdadeiros amigos;
3ª A nossa família.
Haverá sempre o tal lugar, o tal momento, a tal palavra que te fará abalar o coração e que te deixará completamente assente no Mundo e quando aí chegares, terás tudo completo.
Refletir não basta expor apenas tudo que de bom cresceu em nós, mas sujeitar-se também às circunstancias dos problemas.
Não é preciso saber viver - ninguém o sabe - entenderam onde quis chegar? AÍ MESMO!
Foram uns atribulados dezanove anos, cheios de altos e baixos, de mistica e desassossego, de aventuras e maus amores - Não podia ter sido melhor. Não podia ter sido diferente! Venham os vinte!
Telma Palma
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Memórias do Meu Pensamento