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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

276. Sim, sim, sim, sim


Sim, sim, sim, sim.
Sim, sinto o coração apertado quando não falo contigo, quando fico horas sem ter uma mensagem tua ou até quando "desapareces" sem terminarmos uma conversa.
Sim, estou cheia de saudades tuas mesmo passando “horas” contigo.
Sim, perco-me quando estou e me tocas e quando não tocas – fico perdida.
Sim, lembro-me do dia e da noite, do exacto momento, do local, da hora, da palavra e da fotografia.
Sim, lembro-me de procurar-te, achar-te e conhecer-te.
Sim, lembro-me do sorriso, do teu ar embaraçado e da minha euforia.
Sim, lembro-me do abraço, desses e daqueles, da minha vida louca e da tua própria loucura.
Sim, lembro-me de acordar e dizer o teu nome, de sonhar contigo e de escrever o que queria dizer-te sempre que estou contigo e que - não consigo.
Sim lembro-me de não receber uma mensagem tua, de o sentimento não ser recíproco e do meu ar destroçado, lembro-me de “caíres” e eu “empurrar-te”, de não aguentar a franqueza e de explodir por uma palavra.
Sim, eu – eu lembro-me – de poder, querer e fazer, de gostar, procurar e encontrar.
Sim. - Eu sei que te digo isto todos os dias e que te pergunto várias vezes o mesmo, mas … Hoje já te disse que gosto muito de ti? 


Telma Palma

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