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Às vezes a imaginação falha, o sorriso esconde-se, as ideias ficam com ressaca e a vontade esgota-se. Depois, é preciso deixar que o pensamento esboce a dureza das palavras expostas. É ser sem parecer, e escrever mesmo sem crer.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

204. Caminhei


Elevei as mãos á cabeça e recuei meses e anos atrás.
Errei em muitos comportamentos, palavras e cumplicidades que criei.
Refleti sobre todo o caminho que percorri, talvez descalça porque apenas sinto a dor e o cansaço de tudo que tenho carregado.
Engoli sapos, fui muitas vezes o sapo da história e mesmo assim sempre retribui o sorriso, chorei por coisas desnecessárias, perdoei, não ao ponto de voltar com as relações, mas ao retribuir palavras sempre e só quando necessário.
Caí e escorreguei vezes sem conta, fui injusta e injustiçada, rebelde e fútil mas, percebi que o conteúdo dos problemas resolvem-se apenas e só com calma.
Não recuei quando assim deveria ter sido, andei por caminhos escuros cheios de sentimentos negros e maus. Caminhei na tal estrada de pregos.
Feri-me muitas vezes em vão, apaixonei-me pelo impossível e pela distância, desabafei com que não devia e recebi trocos a mais de quem menos gostava.
Esqueci-me que os verdadeiros amigos sempre estiveram comigo, quer nos bons quer nos maus momentos e que, por instantes abandonei-os sem que sentisse, sem que quisesse ou deseja-se.
Conheci pessoas, muitas pessoas que mudaram o meu interior. Conheci pessoas que nunca me abandonaram e pessoas que apenas me maltrataram.
Passei a grande fase da minha vida, sem retorno e sem compreensão.
Memorizei, cedo ou tarde demais, os contornos da vida, da importância que a nós mesmos atribuímos e o valor que temos para os outros.
Decidi em frações de segundos, ordenei leis e assinei por mim própria.
Passei maus dias.
Passei pelo sentimento de culpa, por dores insuportáveis e por horas e horas em pleno descanso do Mundo.
Reabilitei-me e voltei ao Mundo real, aos mesmos ditos problemas que todos os 365 dias têm e à monótoma dor de cabeça que a turma me trás.
Dissipei-me dos problemas, transportei o meu pensamento para marés mais calmas e mudei a minha memória de patamar. Colei no importante, naquilo que gosto de fazer e fiz DELETE a criaturas com pouco conteúdo.
Mudei de número, apaguei alcoviteiras do facebook e apenas concentrei a minha atenção em criaturas com conteúdo.
Dois mil e onze foi o ano de reposição de factos, de muitos Game Overs e de mudanças.
Que 2012 chegue cheio de saúde e amor para dar, 2011 passou depressa, cheio de altos e baixos mas que no entanto fez questão de deixar a sua marca e de me fazer concentrar apenas no que realmente correu bem.

Telma Palma

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